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Fisioterapia, Fonoaudiologia e Nutrição: Atuações na Síndrome de Down

Tarumã, 29 de julho de 2015

A Síndrome de Down, também conhecida como trissomia do 21, é uma anomalia cromossômica, ela ocorre devido a um distúrbio do cromossomo 21 (trissomia 21). Porém essa síndrome pode ser causada também por uma translocação ou por mosaicismo e é a mais freqüente anomalia cromossômica e a causa genética mais comum de dificuldades do aprendizado.

 

Atuação Fisioterapêutica na Sídrome de Down

O profissional fisioterapeuta ajuda no processo de desenvolvimento da criança com Síndrome de Down em todos os aspectos, porque a criança com essa Síndrome tem que ser abordada como um todo, e isso é imprescindível para o desenvolvimento. É importante começar o mais cedo possível a fisioterapia nas crianças portadoras dessa síndrome. Existem pontos a ter cuidados com a Síndrome de Down, que seria cardiopatias graves que pode ser encontrada. Outros aspectos que o fisioterapeuta tem que ter cuidado é com alguma alteração cervical, que pode vir acompanhada. É importante salientar que, em se tratando da SD há grande variação no desenvolvimento, destas crianças. Assim que a criança recebe uma alta pediátrica no hospital já pode começar o tratamento. As crianças submetidas à estimulação apresentam maior estabilidade no desenvolvimento do que crianças não submetidas a um programa desse tipo. A maioria das crianças com Síndrome de Down apresentam constantes resfriados e pneumonias de repetição, isto se deve a uma predisposição imunológica e à própria hipotonia da musculatura do trato respiratório. Como o problema é crônico, desaconselha-se o uso repetitivo de antibióticos, o ideal é trabalhar na prevenção das doenças respiratórias, através de exercícios específicos de sopro, da prática de atividades físicas que aumentem a resistência cardiorespiratória, da higiene nasal e do uso de manobras específicas como tapotagem, vibração e drenagem postural para evitar o acúmulo de secreção.

A fisioterapia respiratória atua na prevenção e tratamento, usa recursos terapêuticos que visam o conforto respiratório do paciente. Fazendo manutenção de higiene brônquica, prevenindo complicações por hipersecreção que podem acarretar prejuízo à ventilação da criança. Dentre os procedimentos fisioterapêuticos fazem parte à avaliação fisioterapêutica pulmonar. Sendo essas manobras realizadas em uma seqüência lógica e devidamente utilizada a cada patologia respiratória e sempre observando o estado geral da criança. Massagens com o vibrador ou com as mãos ajudam a dar maior tonicidade na musculatura orofacial. Brinquedos coloridos e sonoros estimulam a visão, a audição e a coordenação de movimentos no bebê.

A hidroterapia poderá ser útil aos portadores da SD, pois o ganho de força muscular para pacientes com Síndrome de Down pode ser conseguido através da resistência da água ao movimento, o que pode ser incrementado com o aumento da velocidade durante a execução destes e, conseqüentemente possibilitar o trabalho muscular. A flutuação é outra propriedade que pode oferecer resistência, e neste caso o movimento deve ser realizado no sentido da superfície para o fundo da piscina. A viscosidade é outro fator que proporciona resistência ao movimento e está intimamente ligada à velocidade.

 

Atuação Fonoaudiológica na Síndrome de

O trabalho do fonoaudiologo com crianças com Sindrome de Down é amplo e inclui tanto a parte da fala em si, como a preparação da musculatura para que a criança possa desenvolver a fala.

Com relação a musculatura facial, o profissional deverá acompanhar e avaliar o desenvolvimento das estruturas, suas caracteristicas, relacionadas ou não à sindrome e suas consequencias. Esta avaliação estará ligada diretamente ao modo como a criança se alimenta (sucção, mastigação e deglutição) e, sobretudo a coordenação dessas funções com a respiração.

Com o crescimento da criança, essas estruturas orofaciais também mudam, bem como suas funções, dai a necessidade de um acompanhamento fonoaudiológico. Por conta disso, o trabalho do fonoaudiologo visa uma boa nutrição e desenvolvimento das estruturas orofaciais por meio do trabalho com a alimentação, incentivando e favorecendo sempre que possível o aleitamento materno.

O ato de sugar contribui para o crescimento e desenvolvimento das estruturas orofaciais, e o leite materno protege o bebe de doenças e infecções, mas para que esse aleitamento possa de forma eficiente, é preciso atenção especial. Por conta da hipotonia muscular , os bebes costumam apresentar dificuldade de sucção, deglutição e coordenação dessas funções com com a respiração. O fonoaudiologo pode contribuir para ajudar a mãe a encontrar a melhor forma de amamentar seu bebe.

Quando a criança passa a comer alimentos sólidos, o fonoaudiologo também pode ajudar na escolha  dos alimentos e colheres que favoreçam o desenvolvimento das estruturas orofaciais, contibuindo para o fortalecimento muscular.

Na parte de comunicação é importante lembrar que há alguns fatores primordiais, para que ela ocorra, a construção da linguagem e sua relação com as áreas de desenvolvimento humano (neuropsicomotor, cognitivo, emocional e social).

Para estimular o desenvolvimento cognitivo e de linguagem, são necessárias intervenções diferentes em cada fase da criança.

 

Atuação Nutricional na Sídrome de Down

Uma alimentação variada e equilibrada é essencial para o crescimento e a manutenção da saúde. Aprender a comer de forma saudável desde os primeiros anos é fundamental para qualquer pessoa, mas pode trazer resultados ainda mais importantes para as crianças com síndrome de Down. Isso porque elas nascem com hipotonia, ou seja, são mais “molinhas”. Como resultado, gastam menos energia do que outras crianças e podem apresentar tendência à obesidade ao longo da vida.

Além disso, a hipotonia também pode levar à constipação intestinal (prisão de ventre) crônica, uma vez que o tecido muscular do intestino grosso não consegue realizar os movimentos peristálticos com força o suficiente para expelir as fezes. Consumir os alimentos certos pode ajudar a atenuar a constipação, assim como combater a tendência o envelhecimento precoce, outra característica frequente em pessoas com síndrome de Down.

A alimentação de portadores da Síndrome de Down segue os princípios da alimentação saudável. A dieta deve ser fracionada ao longo do dia para que sejam evitados os excessos em cada refeição. Os pais devem proporcionar um ambiente calmo e a criança deve ser estimulada a mastigar bem os alimentos e comer devagar. O trabalho com o fonoaudiólogo poderá auxiliar no processo mastigatório. As refeições devem ser equilibradas e planejadas de acordo com as características específicas como peso, estatura e após análise de exames laboratoriais. Em geral, os pratos devem ser atrativos e coloridos e deve-se incentivar o consumo de frutas, verduras e hortaliças, restringir a quantidade de massas, doces e refrigerantes.

A dieta rica em fibras é indicada não somente para controle da quantidade ingerida (já que promove saciedade) como também para auxiliar no trânsito intestinal. Devem ser acompanhada de líquidos, especialmente água e sucos naturais. Incentivar o consumo de frutas e sucos ácidos (isto é, azedos, com pouco ou nenhum açúcar). Isso é importante para tornar a urina mais ácida e dificultar o surgimento de infecções urinárias. Os portadores de Síndrome de Down, devido à hipotonia dos músculos, tendem a reter a urina por mais tempo na bexiga, formando um meio de proliferação de bactérias. Se a urina é ácida, diminuem as chances de sobrevivência destas bactérias.

A inclusão dos alimentos funcionais, como uva roxa, alimentos ricos em ômega 3 (peixes, linhaça), azeite previne doenças cardiovasculares. A prática da atividade física com a dieta associada é útil para o controle do peso.

Pesquisas indicam que pessoas com síndrome de Down podem ser mais intolerantes à lactose e ao glúten (doença celíaca), além de uma tendência ao hipotireoidismo. É importante levar a criança regularmente ao médico para verificar se existe algum diagnóstico relacionado a essas questões e ajustar a dieta caso seja necessário.

Assessoria de Comunicação | PMT.