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Saiba como se prevenir das intoxicações alimentares e diarréias agudas

Tarumã, 25 de agosto de 2014

O que são intoxicações alimentares e outras infecções com diarréia aguda

Intoxicações alimentares e outras infecções que se manifestam com diarréia aguda são causadas pela ingestão de alimentos contaminados com micróbios ou por suas toxinas. Dependendo do tipo, o micróbio se multiplica no alimento aumentando sua quantidade formando toxinas (“intoxicação alimentar”), que podem tornar os alimentos verdadeiros venenos, ou atacando a parede do intestino e o estômago (“infecção alimentar”).

Em termos de prevenção e Saúde Pública, ambos os tipos, “intoxicações” ou “infecções” causadas por alimentos contaminados, são importantes e exigem medidas e condutas parecidas, e os cuidados básicos são os mesmos para se evitar adoecer.

Além de micróbios como bactérias, parasitas e vírus há também determinadas substâncias químicas (naturais, de plantas ou animais ou de origem industrial) que, se presentes no alimento, podem causar diarréia aguda e outros sintomas gastrintestinais.

As bactérias são, no mundo todo, as principais causas de intoxicações alimentares e de outras diarréias.

Os sintomas mais comuns

Os sintomas mais comuns são: diarréia líquida, náusea, vômitos, cólicas abdominais, e febre em alguns casos. Podem durar de um dia a uma semana, em geral três dias. Alguns microrganismos podem causar sintomas mais graves, como distúrbios neurológicos, renais, hepáticos, alérgicos, septicemia, e até óbito. Por exemplo, a toxina do Botulismo, doença fatal se não tratada a tempo, causa graves sintomas neurológicos (paralisia flácida aguda e insuficiência respiratória) e se forma a partir da bactéria Clostridium botulinum, em geral, em conservas caseiras de vegetais e carnes, ou em outros alimentos preparados sem higiene.

As intoxicações e outras diarréias podem se manifestar em surtos, isto é, quando duas ou mais pessoas ficam doentes, com sintomas parecidos, devido à ingestão de um mesmo alimento contaminado.

Os problemas e erros mais freqüentes

Um dos principais problemas é o preparo inadequado do alimento, seja pela falta de higienização da matéria-prima, ou pela falta de higienização das mãos e dos utensílios e superfícies da pia, pelo cozimento inadequado, etc.

Manipuladores de alimentos, com lesões na pele ou com ferimentos nas mãos, ou com doença diarréica ou outras, podem transmitir microrganismos patogênicos para os alimentos e disseminar doenças nos consumidores.

Outro importante problema é o hábito de deixar os alimentos preparados ou suas sobras muito tempo fora da geladeira, isto é, em temperatura ambiente. Sabe-se que duas horas após seu preparo, bactérias e toxinas começam a se desenvolver/multiplicar-se nos alimentos. Temperaturas ambientes entre 30º e 40º ajudam a aumentar mais ainda a proliferação de bactérias.

Determinados hábitos alimentares também contribuem para a ocorrência dessas doenças: a ingestão de determinados produtos de origem animal (carnes bovina, suína, aves, ovos, peixes e frutos do mar, leite e derivados não pasteurizados) crus ou mal cozidos, representam importante fator de risco para a ocorrência de diarréia e outras intoxicações.

Verduras cruas e frutas mal lavadas e sem prévia desinfecção podem causar essas doenças, assim como, é importante consumir água tratada e segura. Regiões com saneamento básico deficiente são de alto risco para a transmissão da hepatite A e da febre tifóide, e todo o tipo de doença diarréica.

Os cuidados básicos para se evitar intoxicações alimentares e outras diarréias

O preparo cuidadoso dos alimentos é fundamental, devendo-se seguir rigorosamente procedimentos como:

- Pessoas doentes, com diarréia, machucados ou feridas nas mãos, com gripe ou outras doenças, não devem preparar alimentos que serão servidos a outras pessoas.

- Utilizar produtos de origem animal e vegetais (verduras, frutas e legumes) de fontes confiáveis e não clandestinas.

- Lave sempre as mãos, com água e sabão, antes de manipular e preparar cada tipo de alimento, e depois de utilizar o banheiro.

- Lave sempre cada utensílio utilizado e as superfícies da pia, com água e sabão, a cada novo alimento a ser preparado.

- Não faça a “contaminação cruzada” (por ex., um alimento cru não higienizado contaminando um alimento já cozido e pronto). Separe cada alimento durante sua preparação - os que já foram lavados e desinfetados ou cozidos dos que ainda serão preparados; não utilizar a mesma faca durante a preparação dos alimentos, e lavá-la com água e sabão antes de tocar outro alimento.

- Cuidado com os utensílios de madeira, como colheres de pau e tábua de carne. Nos restaurantes, o uso desses utensílios está proibido. Em casa, após a utilização, lave-os bem com água e sabão e deixe-os secar bem, antes de guardá-los. Se tiverem ranhuras, riscas e trincas descarte esses utensílios, pois as mesmas impedem a higienização adequada deles.

- Cozinhar, assar ou fritar muito bem carnes bovinas, suínas, aves, peixes, ovos ou outros produtos de origem animal. O interior do alimento deve estar suficientemente aquecido e cozido para se matar as bactérias ou outros microrganismos.

- Cuidado com as conservas de vegetais e carnes. Não as utilize em seus pratos se adquiridas de procedência desconhecida, de beira de estrada ou clandestina. Na dúvida, ferva ou cozinhe-as, ou descarte-as. Não compre alimentos em latas estufadas, amassadas ou com vazamentos. Cuidado com as embalagens de vidro, verificando se estão devidamente lacradas. Confira sempre a data de validade dos produtos.

- Lave bem frutas e verduras com água potável/tratada e depois as higienize com hipoclorito de sódio a 2,5% ou água sanitária pura (sem perfume ou outros produtos de limpeza). Veja as instruções no rótulo ou bula do produto. Vinagre doméstico não mata os microrganismos, ajuda apenas a despregar sujeiras.

- Lave latinhas de refrigerante ou de outras bebidas com água e sabão.

Colaborou: Setor de Vigilância Epidemiológica

Assessoria de Comunicação PMT.