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Saúde em dia: Saiba mais sobre a Doença de Parkinson

Tarumã, 23 de abril de 2015

A doença de Parkinson é uma doença progressiva com um quadro clínico rico em sintomas que se não tratados, tornam o paciente dependente. O indivíduo portador desta patologia apresenta uma alteração da postura, um déficit progressivo de equilíbrio e coordenação, tremor, rigidez, uma marcha alterada, bradiciesia, e em estados mais avançados pode apresentar déficits de atenção e aprendizagem, entre outros.

Outros sintomas como o refluxo gastresofágico, constipação e gastroparesia também contribuem para os distúrbios nutricionais e afetam significativamente a qualidade de vida destes indivíduos.

No estágio final da doença o indivíduo eventualmente torna-se preso à cadeira de rodas. Também nesta fase, o paciente pode ficar confinado ao leito por uma deformidade em flexão de tronco.

A grande maioria dos pacientes com doença de Parkinson apresenta depressão. Estes indivíduos passam o maior tempo no leito, diminuindo a mobilidade, acelerando o processo de rigidez e dependência, sendo que não existe cura para a D. P., uma vez que as células do cérebro não se regeneram.

 

INTERVENÇÃO FISIOTERAPEUTICA NA DOENÇA DE PARKINSON

A fisioterapia exerce um papel fundamental no tratamento de indivíduos com doença de Parkinson. Embora a D.P. seja de caráter degenerativo, a intervenção fisioterapêutica torna-se de suma importância para amenizar e conduzir o paciente a um quadro de melhora do estado físico, principalmente nas limitações funcionais de rigidez, bradicinesia ou acinesia e comprometimento dos reflexos posturais causados pela doença, efetuando na manutenção ou aumento das amplitudes de movimento, prevenindo contraturas e deformidades, melhora de equilíbrio, marcha, coordenação, prevenção de fraqueza por desuso, resistência, manutenção da função pulmonar e auto-cuidado. A fisioterapia pode melhorar a capacidade de iniciar movimentos e aumentar a excursão de todos os movimentos, particularmente os de rotação e extensão, que na maioria das vezes está diminuído.

A fadiga deve ser evitada e os exercícios, tanto em casa quanto durante as sessões, devem ser graduados, de acordo com a capacidade do individuo.

 Um ponto fundamental é a orientação da família. O fisioterapeuta deve-se assegurar que a família compreende que períodos prolongados de inatividade devem ser evitados, e sobre as adaptações necessárias para promover mobilidade e funcionalidade ao membro da família com a D. P.

 

INTERVENÇÃO FONOAUDIOLÓGICA NA DOENÇA DE PARKINSON

A Doença de Parkinson caracteriza-se pela combinação de quatro importantes sinais: rigidez da musculatura corporal, tremor quando fica em repouso, ausência de alguns movimentos, além de dificuldade para manter-se em postura. Esses sinais são devido à diminuição da liberação da neurotransmissora chamada dopamina, por causa da degeneração de neurônios do Sistema Nervoso Central. Ela costuma iniciar-se aos 50 anos de idade.

Do ponto de vista fonoaudiológico, aparecem dificuldades para alimentar-se, engolir e mastigar os alimentos, o que chamamos de disfagia, como conseqüência a pessoa começa a perder peso. Além da dificuldade para comunicar-se em função de todos os sinais corporais que a pessoa vem apresentando, tremor, rigidez, desequilíbrio e ausência de alguns movimentos, observa-se também no estagio mais avançado dificuldades respiratórias.

Com a dificuldade para articular as palavras, a pessoa com doença de Parkinson apresenta disartria. A qualidade vocal, a ressonância, a modulação da voz e a intensidade ficam prejudicadas tanto pela dificuldade articulatória quanto pela dificuldade de fonação, o que chamamos de disfonia.

A base da fonoterapia é a terapia fisiológica, ou seja, exercícios que envolvam todas as deficiências articulatórias de deglutição e fonação.

 

INTERVENÇÃO DA NUTRICIONISTA NA DOENÇA DE PARKINSON
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Procure variar ao máximo a sua alimentação, para receber todos os nutrientes e evitar possíveis carências;

• Coma diariamente frutas; verduras cruas ou cozidas; pães, bolachas, cereais; feijão, lentilha, grão de bico, ervilhas secas; carnes; leite, queijo, iogurte;
• Faça de 05 a 06 pequenas refeições ao dia, evitando comer grandes quantidades de alimentos de uma só vez;

• Procure ingerir no mínimo 08 copos de água por dia.

• Se o intestino estiver preso, observe as orientações para melhorar seu funcionamento. Não desista e procure seguir todas as indicações diariamente;
• Procure fazer alguma atividade física que lhe agrade: fisioterapia, caminhada, exercícios na água, atividades domésticas ou qualquer outra;
• Evite o uso de doces, açúcar, frituras e gorduras em excesso. Substitua estas guloseimas por alimentos mais saudáveis como frutas, pães, leites, iogurtes, queijos magros. Dê preferência às carnes assadas, grelhadas ou cozidas com pequena quantidade de óleo;

• Cozinhe com óleos vegetais de qualquer tipo (soja, milho, canola, girassol), pois, não possuem colesterol;

• Não exagere no sal na hora de cozinhar;

• Após o almoço e o jantar (ou refeição com algum tipo de carne) coma alguma fruta rica em vitamina C (laranja, mexerica, acerola, morango, goiaba, abacaxi);

• No lugar de gorduras animais (banha, toucinho, manteiga) prefira óleos vegetais (soja, milho, canola, azeite, girassol) e margarina vegetal, de preferência do tipo "light";
• Evitar o consumo exagerado de alimentos industrializados (embutidos, enlatados e outros);
• Evite uso de alimentos ricos em cafeína (café, coca-cola, chás mate e preto), especialmente no fim de tarde e à noite, para não atrapalhar o sono;
• Evite o consumo excessivo de sal. Se você for hipertenso (mesmo tomando medicamentos) deve tomar cuidado com aqueles alimentos que já vêm preparados (enlatados, presuntos, salames, salgadinhos, carnes salgadas, queijos salgados); 
• Você é o responsável por sua saúde. Seja independente de acordo com as suas limitações, aceitando ajuda de amigos, familiares, profissionais de saúde.

Colaborou: Centro de Reabilitação "Alberto Benelli".

Assessoria de Comunicação | PMT.